24/04/2010

Tirando as medidas.

como vou dizer?
não sei se é muito, não sei se é pouco.
é diferente de todos.
e talvez seja mais que uns, e menos que outros.
o que acontece é que não lembro ao certo.
como eram os outros.  não sentindo, pelo menos.
porque já não os vivo agora.
porque agora, eu vivo você.
mas quanto é esse viver ?  sei lá.
é como a música da rita, a maria..
'muito pra mim é tão pouco, e pouco é um pouco demais.
viver tá me deixando louca, não sei mais do que sou capaz.
gritando pra não ficar rouca, em guerra, lutando por paz.
mas muito pra mim é tão pouco.  e pouco eu não quero mais!'
E se pouco eu não quero mais, você deve ser muito.
porque eu quero, e quero muito !
então posso tentar ver as coisas do meu jeito.
da forma prática:
o tempo que me toma falando,
o tempo que me toma escrevendo,
lendo, pensando, tentando racionalizar coisas que antes não faziam diferença.
querendo, ver, estar, sentir, ouvir, ter. enfim..
o tempo que me toma da noite, e do dia, é muito.
não faz idéia do quanto!
e se toma o meu tempo. toma por completo. o preenche.
não pela metade, em partes. mas o todo !
penso, então. do que gosta, ou não.
do quanto gosta. o que acharia, disso ou daquilo.
em como reagiria nessa, ou naquela situação.
penso se pensa, se fala, escreve, ouve e sente, como eu.
ou se o faz, mas tudo diferente.
penso em como é estranho, não saber o que se passa aí.
e o que se pensa aí.  agora !
se penso tanto, em tanta coisa, por tanto tempo.
acabo pelo meio disso tudo, pensando nos detalhes.
todos os detalhes. relevantes, ou não.
importantes, ou não.
são eles que me fazem perder tanto tempo, em dissecar, decifrar,
lembrar, sorrir, sozinha!
eles o tornam diferente. dele, daquele, e do outro.
todos aqueles que vc por sinal, já conhece !
único. sem medir, sem comparar.
até porque, comparar diferenças tão gritantes e tão nítidas,
seria injusto da minha parte, da nossa parte. de todas as partes!
mas enfim.  olha agora, quantas linhas eu gastei do meu tempo.
e mais !  olha quantas frases, palavras..
sem contar as zilhares de letras soltas e confusas, emboladas aqui.
todas pra você, por você.
tem noção do quanto é isso ?
consegue contar ? medir ? calcular ? pesar ?
acho que não !
não deve nem se preocupar em perceber os detalhes ridículos de cada letra.
mas acho também que no meio da confusão que vc fez eu me meter,
cheguei a uma conclusão que valha,
tanta coisa, tanto tempo, tanta letra, tanto detalhe passando na mente.
acredito que o meu gostar seja muito.
se não muito. o bastante.
pra não me preocupar em medir, ou tentar explicar, nem camuflar, esconder.
nem nada do tipo.
o bastante pra me fazer bem, só de ser o que é.
só por estar aqui. e o faz !
pois, que seja muito, ou não.
o tanto que eu aguentar.
o tanto que puder ocupar, dos dias, das noites, do todo !
assim, então.  o dia em que eu conseguir medir o tanto do bem,
que você faz pro meu dia, talvez eu volte aqui.
e diga, o quanto eu gosto de você!
mas enquanto isso.. continuo pensando..
e você ? o quanto gosta ?
e,  como vai dizer ?

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