23/04/2010

Telhados, raios e nostalgia!

Agora a pouco me atentei pra algo em que raramente eu penso: ‘Um dia, por acaso - ou não - o raio, pode atingir o meu telhado!’ Isso foi idéia dele, não minha.
Isso mesmo que você ouviu. Ultimamente temos tido conversas assim. Você sabe, eu e o outro. Algumas conversas meio nostálgicas... Tá, ta, tudo bem, a maioria delas tem um ar de regressão e análises psicológicas do nosso passado. Mas tudo isso de forma muito saudável e principalmente, muito amigável. Eu diria até, muito ‘mimimi’ pro meu gosto.
Mas isso não importa agora.
No geral temos falado do dia – a – dia, das nossas rotinas, das pessoas e de como estamos uns aos outros, e os outros hoje. Às vezes acho essas conversas sentimentalistas demais, profundas demais e falsas demais. Mas isso é só às vezes. Porque na maior parte do tempo ele me parece muito sincero. Como sempre pareceu, aliás. Inclusive enquanto dissimulava me fazendo tão feliz. É, ele é um artista!
Mas isso não importa, agora.
Só queria te atualizar. Te contar que ele tem sido uma boa companhia, e tem me divertido um tanto. E se levarmos em conta a posição a que ele foi reduzido na minha vida, podemos até dizer que esse tanto tem se tornado bem significativo nas ultimas semanas.
Mas não! Não se iluda, é realmente só isso.
Não voltei a ter ‘borboletas no estômago’, ver coelhos na lua, muito menos ver brilhos que não estão mais onde eu costumava ver. Só tenho achado ele boa companhia, por enquanto. Nada além disso. Ponto!
Mas já falei que isso não importa agora!
Do que eu tava falando mesmo? Ah, sim. Dos telhados, meus e alheios.
É, pois ele me fez pensar nesse assunto, que poucas vezes ocupou meu tempo. E se uma pedra caísse na minha casa. E alguma coisa, daquelas coisas que só acontecem com o vizinho, sabe?
E se essa coisa acontecesse comigo?
Sinceramente? Não faço idéia, e nem sei também se quero mesmo pensar sobre isso. É só que me chamou atenção, essa possibilidade. Mas o que eu acho na verdade, é que sempre vai acontecer alguma coisa comigo, então acredito que estarei pronta, caso meu teto resolva desabar amanhã.
Até porque, minha casa já foi por tantas vezes, inundada, demolida, invadida, apedrejada, enfim. A diferença é que eu já terei meus alicerces fincados no chão, quando a próxima tempestade me atingir.
E o que me restará a fazer será catar as roupas do lado de fora, fechar as portas e janelas, me trancar no meu quarto, cobrir com meus lençóis os pés e a cabeça, e abraçada ao meu ursinho esperar o barulho dos raios diminuir. Até poder abrir as portas novamente!
Mas isso também não importa agora.
Porque o tempo aqui ainda é quente.
Faz um sol quase indecente e ainda não ouvi barulho algum no meu telhado!
Como se isso fosse importar agora, né ?

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