Sobre a habilidade de lidar bem
com frustrações: não tenho.
Nunca tive aquele poder mágico de
ficar 'ok' pra coisa qualquer que não tenha atendido às minhas expectativas.
Contudo, é algo com o que se convive.
O café não tinha açúcar; não tem
a cor que eu quero; não tem o meu número; a encomenda não chegou; o dinheiro
não entrou; ele não veio.
Não é 'ok', mas logo menos passa.
O que se há de fazer?
Ontem ele veio. Cheio de si, e
das promessas que eu nunca pedi.
Trouxe uma carga de energia muito
intensa. Até então, positiva.
Mas eu nunca pedi.
Não o conhecia, e achei que tudo
fosse da experiência com gente.
Gente faz isso com a gente, né?
Pra bom ou pra ruim!
Abobalha e faz a gente ver o
quanto não esperar nada pode ser pouco pro tanto de coisa boa que o outro pode
ter, só esperando que a gente queira.
Mas não era tudo bobagem. E isso
também, eu nunca pedi!
Não tenho o hábito de espernear
por muita coisa. E, provavelmente, ultrapasso constantemente os meus limites de
tolerância só porque "não custa nada".
Mas custa. E todo limite
ultrapassado, tem limite também!
E a esse respeito,
especificamente, vou me permitir aqui uma transcrição.
Eu sei, ABNT não tem lugar aqui,
nem a APA. Mas vamos fazer um exercício de compreensão.
Ou, no mínimo, licença poética,
pro Alexandre Nero:
"Minta pra mim!
Diz que gostou da comida que eu fiz; Dos brincos que comprei, das flores que eu mandei.
Minta pra mim!
Diz que é pra
sempre; Que não vive sem mim; Que nascemos um para o outro.
Minta pra mim!
Ria das minhas piadas sem graça; Termine as frases comigo e diga “compatibilidade de gênios”!
Diz que não ouve meu ronco; Que meu cheiro é bom, mesmo quando estou suado; Que dinheiro não traz felicidade.
Minta pra mim!
Diz que eu emagreci; Que a dieta da lua tá funcionando, mas pra eu não emagrecer mais, por que você gosta de “ter onde pegar”.
Diz pro mundo, que vc sempre me foi fiel; Que eu sou o seu primeiro, não que isso seja importante.
Mas a mentira é!
Eu não quero saber da verdade; Odeio gente que diz a verdade; Gente sem coração!
Quando vc me deixar....Quando você for embora. Diz que é pro meu bem,
Que é VOCÊ que me faz mal, que eu mereço coisa melhor, que eu sou sensacional.
Mas.....MINTA PRA MIM!!
Esse será o nosso combinado, o nosso segredo......eu e você, eternamente....
... como o Sr. Roarke e o Tatoo, numa Ilha da Fantasia."
Minta pra mim!
Ria das minhas piadas sem graça; Termine as frases comigo e diga “compatibilidade de gênios”!
Diz que não ouve meu ronco; Que meu cheiro é bom, mesmo quando estou suado; Que dinheiro não traz felicidade.
Minta pra mim!
Diz que eu emagreci; Que a dieta da lua tá funcionando, mas pra eu não emagrecer mais, por que você gosta de “ter onde pegar”.
Diz pro mundo, que vc sempre me foi fiel; Que eu sou o seu primeiro, não que isso seja importante.
Mas a mentira é!
Eu não quero saber da verdade; Odeio gente que diz a verdade; Gente sem coração!
Quando vc me deixar....Quando você for embora. Diz que é pro meu bem,
Que é VOCÊ que me faz mal, que eu mereço coisa melhor, que eu sou sensacional.
Mas.....MINTA PRA MIM!!
Esse será o nosso combinado, o nosso segredo......eu e você, eternamente....
... como o Sr. Roarke e o Tatoo, numa Ilha da Fantasia."
Gostou,
né? Conveniente, eu acho. Até demais!
O Nero é
daquelas pessoas que você ouve falar e deseja que tudo se encaixe.
Deseja que
aquela letra seja sobre você, e sobre qualquer coisa que você faça ou pense.
E quase sempre o
é!
É daquelas
poesias desorganizadas que te assaltam com coisas que você, talvez, nunca se
daria conta sozinho. E eu quis. Que fosse simples assim. Como naquela conversa
de que "os ignorantes é que são felizes".
Pois eu tenho algo a dizer: NÃO!
Não há nada que
você possa fazer, a respeito da mentira, que me deixe feliz, nem por um
segundo.
Nada da
frustração que pese mais que a ilusão. Nem um grama.
Sobre o Nero,
não o ouça dessa vez. Não me vende os olhos. Não me tape os ouvidos.
Gosto das coisas
claras. Mesmo que não me caibam.
A verdade não
precisa ser uma cruz. não precisa ser a utopia dos discursos.
Ela pode ser a
minha dor. Mas passa!
Me machuque!
Me rejeite,
frustre, desaponte, humilhe, se for do seu desejo.
Mas não. NÃO
MINTA PRA MIM!
Só não me
confunda.
E não me
subestime. Não sou de ordens e calmaria.
Mas sou de
clareza. Seja claro, e as consequências serão claras e diretas, mesmo que não
tão calmas.
E a esse
respeito, tenho uma citação mais. A última, prometo!
E sobre essa,
nem vou comentar. É, como eu disse, simples, direta, clara e autoexplicativa.
No, sugestivo,
DVD "Coração Inevitável" de 2013, Ana Cañas recita:
"Não tem
mistério, não tenha medo.
Seja sincero,
diga a que veio.
Víscera,
víscera, víscera, víscera...
O inimigo meu.
Sou eu!"
Acabo de
desconhecer um 'Bobo da corte'.