26/05/2018

da gota.

Não posso esperar. Pra que as coisas não se percam na memória.
Minha mão ainda tá trêmula e escrevo sem muita firmeza.
Sinto um vento delicado dilatar minhas pupilas.
Os ventos entram em meus olhos, em meus poros, quase pedindo licença, mas não tão sutilmente quanto possa parecer.
Esse é o ponto!
Transitei entre ciclos de sutileza e pesar. 
Quase morri, quase chorei, quase surtei.
Experimentei um pouco de cada um dos meus terrores noturnos.
Senti medo do meu medo de forma genuína. L Ú C I D A!
E da forma mais delicada possível cuidei de mim:
R E S P I R E !

Agora isso fez todo o sentido. Tudo fez!
Os espaços desse universo são projetados para nos empurrar aos nossos sentidos. Todos eles!
Todos Elos. Sou toda sensação!
E elas vêm todas ao mesmo tempo:
Frio, calor, muito frio, CALAFRIO, frio na espinha e enquanto eu pisco: MUITO CALOR!
Tudo em menos de de 15 segundos.

Em segundos você acorda.
Pra a importância de estar aqui agora .
De dar-se conta de si. SOZINHA.
S O Z I N H A !

Mas com a melhor energia circulando em volta.
Luzes que te acompanham, seguem o seu fluxo.
Tornam-se pontos de referência quando você se perde.
Você se perde TODO O TEMPO.
Perde o TEMPO. 

Ele escorre no canto da boca, por entre os dedos.
Escorre pela linha de suor que desce da nuca.
Escorre pelo seu cabelo enquanto te toca.
E quando você se dá conta ele nem existe mais. 
Se perdeu. Na memória.
Junto com todas as coisas que você não vai esquecer!



Pratigi - BA,
30.12.2017 - 5:40am.