Sobre encontrar o outro na observação silente. Nunca me foi
tão claro.
O outro que encontro é parte também de mim. Como em Mário de
Sá Carneiro:
“sou qualquer coisa de intermédio”.
A ponte entre o que eu tenho e o que o outro terá de mim é o
medo. Apenas.
Se da entrega o faço, a mim também construo, deixando
pedaços talvez, o que eu não queria enxergar é que de nada valerá este
encontro, se nada nele me mover.
Amedrontar. Derrubar. Reconstruir. Resignificar.
Disso se valem os alicerces.