13/06/2016

"Qualquer coisa de intermédio"

Sobre encontrar o outro na observação silente. Nunca me foi tão claro.
O outro que encontro é parte também de mim. Como em Mário de Sá Carneiro:
“sou qualquer coisa de intermédio”.
A ponte entre o que eu tenho e o que o outro terá de mim é o medo. Apenas.
Se da entrega o faço, a mim também construo, deixando pedaços talvez, o que eu não queria enxergar é que de nada valerá este encontro, se nada nele me mover.
Amedrontar. Derrubar. Reconstruir. Resignificar.

Disso se valem os alicerces.