Depois de tudo e tanto. Olha eu aqui de novo. Falando das mesmas coisas. Refazendo a mesma cena.
Sentada no canto do mundo, cantando.
Depois de quase secar. Quase sentir. Quase morrer.
Levanto a cabeça, e o que eu olho já não cabe mais no espelho. Extrapola o peito.
Agoniza!
Releio tudo. Receio nunca voltar. E volto.
Repenso, refaço, reconheço. Sinto!
Estraçalho todo dia a minha cara. Sorrio. Encaro as olheiras e só rio.
Não escondo mais nada. Decerto que ainda não vejo tudo. Mas nada do que vejo dou conta de esconder. Só fantasio. Rio de mim e sigo rio montanha a baixo.
A tempestade entrou no meu quarto. Sentei e assisti. A luz intensa não me cega mais.
Sufoco só de pensar.
Soluço, respiro fundo, levanto e sigo.
Levo o espelho, a água e o raio.
Hoje, nada me cega mais que a razão.
E no penúltimo último dia, descanso na tempestade.
Ainda, com tudo, e com tanto.