Olha!
O escuro olha de volta.
Confunde. Atropela. Esmaga.
Pulsa o peito afogado em agonia.
Não olha!
Respira!
Cala! Se deixa levar!
Arrastada pela força que não conhece.
Descontrola!
Não olha!
Se abre!
Não mede o que deixa.
Tritura a carne. Desobedece.
Não sabe!
Move. Transfere.
Agora olha! Respira! Se abre!
Acorda!
30/09/2016
25/09/2016
Da vertigem.
Do que te toca, me interessa o toque.
Não me apetece mensurar, planejar, elaborar.
Me cabe sentir. Não fazer sentido.
Dos dias mornos, me sobram metades.
Junto pontas pra formar um novo.
"Não sei sentir pela metade", o tanto faz nunca me coube.
Não me olhe de lado, não me abrace de longe, não me beije com pressa.
Essa frieza é só por fora.
Nos dias quentes, eu chego a derreter. Desfaleço e descabelo.
Mas não paro! Não me calo e não congelo.
Verbalizar é só pretexto pra falar de mim. E isso quase nunca me interessa também.
Minha garganta seca nessas horas.
Mas não me calo e não congelo!
Meu corpo se move solto, tagarelando nada de novo.
E do sentir que já me interessa, eu só toco o que me cabe.
Poros e pupila, dilatados, se entendem.
Mas a voz. Não sai. Vai embora. Some!
Derrete no gelo da noite que chega e me abraça.
E abraça inteira, de perto, sem pressa e com fome.
Vou embora. Inteira. Quente. "Em boa hora"!
Não me apetece mensurar, planejar, elaborar.
Me cabe sentir. Não fazer sentido.
Dos dias mornos, me sobram metades.
Junto pontas pra formar um novo.
"Não sei sentir pela metade", o tanto faz nunca me coube.
Não me olhe de lado, não me abrace de longe, não me beije com pressa.
Essa frieza é só por fora.
Nos dias quentes, eu chego a derreter. Desfaleço e descabelo.
Mas não paro! Não me calo e não congelo.
Verbalizar é só pretexto pra falar de mim. E isso quase nunca me interessa também.
Minha garganta seca nessas horas.
Mas não me calo e não congelo!
Meu corpo se move solto, tagarelando nada de novo.
E do sentir que já me interessa, eu só toco o que me cabe.
Poros e pupila, dilatados, se entendem.
Mas a voz. Não sai. Vai embora. Some!
Derrete no gelo da noite que chega e me abraça.
E abraça inteira, de perto, sem pressa e com fome.
Vou embora. Inteira. Quente. "Em boa hora"!
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