18/04/2011

Poesia e só.

A correria e o passar dos dias de forma rigorosa têm me tirado a poesia. Tenho estado sempre cheia.
Cheia de idéias, cheia de vontades, cheia das pessoas – só algumas -, cheia do que fazer e do que falar – mesmo sem ter vontade de falar nada.
E por outro lado, estou vazia.
Vazia de gente que eu goste, vazia de tempo sobrando, vazia de paciência, vazia de essência.
Tento ficar pelo meio. Achar um jeito de me equilibrar na corda do tempo que vai afinando sob os meus pés.
Mas tem sido cada dia mais difícil achar no meio de tanta bagunça, de tanta informação, de tan.. Como assim, ‘achar o que’?
A minha poesia, a minha calma, a minha vontade, o meu sonho.
Não. Não é que eu tenha vontade de sonhar. Você sabe que eu nunca quis, e continuo não querendo. Acordar aos pulos, às quedas, aos gritos, aos sonhos. Enfim.
Quero o sonho acordado, de sempre querer algo novo, de me manter em vigília pra não perder um detalhe sequer de tudo de bom que eu posso ter.
Mas eu tenho vontade agora, apenas de dormir. Meu sono pesado de sempre.
De sempre ser sonho, ser calma, ser música, com sorriso aberto e olhos fechados. – ou não.
Mas ser, poesia sonhando, e só!

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