28/08/2017

Escritos inacabados #1

De onde tiramos o afeto pras coisas que não nos aprisionam?
O que me interessa, me diz mais sobre o que eu não quero.
Tento, a todo custo, manter as angústias fora da rota. Longe do toque.
Não há consciência suficiente para emudecer o sentir. O grito fica.
Abafado. Calado. Forçado.
Mas fica!
O que me resta é saber como me ligo a ele. Por onde volto pra encontrar o sentir do qual me escondo?
Entorpecer não cabe mais. A apatia só me veste por fora. Mas não me cabe.
Aperta. Não sobra!
Porque eu sinto de longe? Porque, ainda assim, te quero por perto?
Porque sou eu? Porque é você?
Não sei, Chico.
O doce predileto, o açúcar, o afeto.
Não me prendem na casa.
Mas a casa tá presa em mim, virou carapaça.

31.01.2017

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