16/04/2014

Do encontro.

Não me cerco, não me acalmo.
Ilhada, no mar das geleiras em constante certeza.
Inconstante soluço, de dias seguidos. Seguindo o absurdo, de mais do mesmo.
Não me acalmo, desacelero.
Respiro fundo. E te observo ser por dentro um pouco de mim, viva.
Olho de longe esse movimento inconstante, fluido.. e desconserto.
Mas relevo, equilíbrio não me cabe. Nunca soube ser concreto.
Finjo amar as amarras da minha corrente aos pés da cadeira, mas é mais do que amarrar a certeza de não cair. O que me contém, e contradiz.
É pecado, é segredo, é desejo.
Do inacabado que me acomoda, do querer ser que apavora, da melancolia que vai embora na fumaça do quarto fechado.
Da mistura que eu faço com os ouvidos, e seu sopro de riso fácil.
Não me prendo, não concentro.
Apreendo, e não me cerco.
Deixo o canto do riso calmo, o olho fundo, e vou embora.
A calmaria, ainda que no silêncio, não me cabe. Não me veste!
O silêncio é só na boca!

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