17/05/2012

Falling



"..É como uma represa pronta pra jorrar..."
Joga a pedrinha, e pronto. INUNDA TUDO.
Um veneno consciente, letal. Rápido e na dose certa.
Me joga no chão, como sempre. Desfaz a ilusão.
"A quem eu tento enganar?"
O medo, volta a mandar em mim, meu estomago volta a dar voltas.
E volta pro mesmo lugar.. "o mundo dá voltas.."
Quantas vezes vou rodar, rodar, rodar... e voltar pro mesmo buraco?
Pra casa mal assombrada, trancada.. Pro labirinto de concreto.
Até quando, me perder na minha segurança de mentira.. amarrada no pé da cadeira?
Até quando reter minha angústia requentada, dormida, acordada, assombrada?
Até quando sentir alfinetes enquanto respiro?
Agora não! Por favor, não!


O grito (1893) - Edvard Munch

Não quero esse escuro, esse silêncio, esse seguro velho, enferrujado.
Saí da caverna de Platão. Vou morrer por isso?
Vai doer por isso? Vou voltar pra isso?
Tava acordada, contendo tudo. Contentando com tudo.
Porque, meu bem, te meti nessa caverna louca, e fria?
Porque um bem assim, não pode ser? Só bem.
Sem fantasma, sem a outra, sem ninguém.
Só meu bem.
Porque?
Você tá vendo, meu bem? Era mentira.. a razão.. a calma.. a mentira.. era mentira.
A verdade é desespero. É voltar a fita, e encontrá-la.
Até quando? Porque? Como?
Ontem, hoje, amanhã.. todos os dias das nossas vidas?
Porque com você? Porque assim? Porque com Ela?
Regredi uns 5 anos, em 5 minutos, amor.
Você esperava por isso? Eu sei que não. Mas e agora?
Quanto tempo isso vai durar? Mais 3? 10? 1000?
Vai ser pra sempre, amor? Essa dor.. não acaba nunca?
Não deita pra dormir? Não cansa de mim?
Eu quero querer você, amor. Não quero sumir, não quero sair daqui.
Segura aqui, amor.. essa mão. Eu falei que era difícil.. mas tava me enganando, amor.
Como se fosse simples, como se fosse só isso.. qualquer um.. qualquer coisa.
Não é!
É você. E eu não quero partir.
Mas cade minhas forças, amor? Você tá brincando de novo?
Você escondeu minha armadura?
Ele me acertou, amor. To ferida de novo.. to sangrando.
Fica aqui, do ladinho.. quietinho.
Me deixa descansar um poquinho, amor. Quem sabe não passa, né?
Rapidinho, e eu volto.
Espero que eu volte.
Não quero ficar sem você. Mas não sei ficar com vocês.
Admito, era mentira. Tá vendo? Angústia?
Não tem nada certo. Nada calmo. Nada sob controle.. muito menos isso.
"E agora, o que vamos fazer? Eu também não sei!"

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