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Dos meus fantásticos fantasmas.
De andar pela casa, pulando, cantando, dançando, rindo
sozinha.
De seguir o ritmo da minha cabeça, da minha música, da minha
solidão.
De parecer louca, só pra mim, dentro dos muros e dos
portões.
De me ver de perto, no espelho limpo.
Nua e crua, descabelada e barulhenta.
De cada detalhe que me move.
Dos pequenos instantes de felicidade.
De cada minuto da música inesperada que diz tudo.
De cada minuto da música inesperada que diz tudo.
De pensar sobre tudo e sobre nada, com a água jorrando nos
cabelos.
De pensar em você, e deixar pra lá.
De pensar em todo o resto, e deixar pra lá.
Porque eu to sozinha. E preciso aproveitar.
Porque um instante de felicidade completa é mais do que
lugares cheios.
É mais do que qualquer coisa.
É mais do que qualquer pessoa.
É muito maior do que alguém possa entender.
Estar feliz comigo, apenas.
Sem roupa cara, de cara lavada, sem roupa, de cara.
Estar feliz com a espuma no cabelo,
Com a fumaça do incenso,
Com o barulho do vento,
Com o silêncio da casa vazia.
Sem gente, sem fala, sem beijo, sem nada!
Da solidão que me faz ver que um dia inteiro só pra mim, é o
que basta.
Gosto.
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