E eu volto pro mesmo lugar.
Como não? Sempre volto, e você sabe disso!
Sentada, encolhida, recolhendo os pedaços da última tentativa de sair.
Volto a me esconder aqui, e permaneço.
No fundo escuro do labirinto, o mesmo de sempre, claro!
Cansada, de mais uma vez achar que estava chegando à saída.
Exausta de dar de cara com as paredes.
Lamentando a cada segundo por saber que todas as paredes são minhas.
Somente minhas. E de mais ninguém!
Eu as construí, e cerquei com milhares de camadas de concreto.
O concreto incrédulo, do medo que afasta tudo em volta.
Não é fácil sustentar uma luz - aquela do fim do túnel, sabe? - então, ela não existe!
Eu a inventei, e a sustentei com minhas próprias forças durante todo o tempo.
Como que forças? Pára de rir, eu to falando sério!
Sobrevivi até aqui, não foi? Então pronto, a força é minha, e eu a chamo como bem entender.
Mas enfim. Eu criei, acendi, e sustentei essa luz até não poder mais.
E farei isso, quantas milhões de vezes achar que devo.
Até porque, a luz é minha também. E de mais ninguém!
Mas agora não!
Agora estou apagada, desligada novamente.
Sentada no canto, escondida, por tempo indeterminado. Acordada!
Pensando no que fazer, com a luz, com a dor, com o amor, com todo o resto que ficou.
Ah, claro que fica.. Sempre fica alguma coisa, às vezes coisas demais.
A diferença é que quando fica, fica só pra mim.
E pra mais ninguém!
Simplesmente perfeito o seu texto!
ResponderExcluirtens uma nova seguidora!
missthay.blogspot.com
Sempre fica alguma coisa, às vezes coisas demais.
ResponderExcluirA diferença é que quando fica, fica só pra mim.
^ tchuco para mim (: