20/11/2010

Recorte V.



'Que bom é ser qualquer coisa,
assim, ao léu, uma pluma de vender,
um pensamento, um chapéu,
enfim ser, tão-somente isso,
ser apenas pelo meio,
sem um nome, 
sem um misto de ancoragem ou de enleio,
ser nada (não é possível)
ser tudo (mas é demais)
ser então o indefinível
nem tão pouco, nem tão demais'

(Armindo Trevisan)

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